Papiro

Papiro

quarta-feira, 28 de abril de 2010


PAPIRO - ARTES

Como o papiro perdeu sua função principal que era de servir como papel para que os escribas pudessem registrar a História da antiguidade, e com o advento da celulose, hoje temos o papiro como um produto que tem grande valor artistico. muitos são os produtos que se inspiram no papiro, poemos ver uma mostra no site:


Usado para estampar camisetas, canecas, e principalmente como objeto de decoração. muitas são as pessoas que emolduram o papiro para que possa ornamentar ambientes residenciais e até comerciais.

Nas regiões aonde era usado na antiguidade ainda hoje o papiro é usado para confecção de objetos como cestos, pequenos barcos, pequenos enfeites, quados, todos com objetivo de venda aos turistas.

www.leiloes.net/PAPIRO-COM-MOLDURA,name,44113


PAPIRO - HISTÓRIA

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No Egito Antigo nas margens do rio Nilo o papiro era encontrado . Foi muito utilizado pelos egípcios para diversos propósitos. As folhas eram sobrepostas e trabalhadas para serem transformadas numa espécie de papel, conhecido pelo mesmo nome da planta. Este papel era utilizado pelos escribas egípcios para escreverem textos e registrarem as contas do império.

www.khanelkhalili.com.br/


Vários rolos de papiro, contando a vida dos faraós, foram encontrados pelos arqueólogos nas Pirâmides egípcias.O papiro tinha outras funções no Egito Antigo. Os artesãos utilizavam a planta para a fabricação de cestos, redes e até mesmo pequenas embarcações (através da formação de feixes). Era também utilizado como alimento pelas pessoas mais pobres e também para alimentar o gado.

O rolo de papiro oferecia certas desvantagens:

a) tinha de ser enrolado novamente, depois de cada leitura;

b) era extremamente incômodo e difícil localizar uma determinada passagem;

c) devido ao excessivo uso, muitas vezes as partes se rasgavam no começo e no fim de um rolo, causando lacunae (lacunas) em um texto;
d) o papiro é um material frágil e muito sensível à umidade e, fora do Egito, onde o clima é seco, geralmente, desintegra-se, em menos de 100 anos. O fato de grandes e importantes partes da literatura, e dos documentos oficiais do mundo antigo, se perderam irremediavelmente, teve consequencias desastrosas para a História.

A partir do século VI da era comum, o uso do papiro diminuiu paulatinamente, entre todos os povos, à medida que ia se difundindo o uso do papel. O papiro, como matéria-prima do livro, continuou a ser empregado, embora cada vez em menor proporção, até o século X da era comum. Onde se manteve mais tempo em uso foi na chancelaria papal, que, em 1056, expediu um documento do papa Vítor II, o qual, tanto quanto se sabe, é um dos últimos textos de importância escrito em papiro.

Até hoje os egípcios plantam e utilizam o papiro, porém podemos encontrar plantações desta planta em regiões do sul da Itália.



PAPIRO - MEIO AMBIENTE

Água tratada naturalmente

Pesquisa dá origem a sistema de tratamento de esgoto doméstico que utiliza plantas ornamentais, pedra brita e bambu

Foto: Agência Fapesp
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O estudo foi feito como trabalho de doutorado, defendido na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp

14/08/2008 - O engenheiro civil Luciano Zanella desenvolveu um sistema de tratamento de esgoto doméstico que associa a beleza das plantas com o bom desempenho na purificação de efluentes de produtos naturais.

O sistema utiliza espécies ornamentais fixadas em pedra ou bambu colocados sobre uma camada de terra. No recipiente, a água passa pelos espaços entre as pedras (ou anéis de bambu), que, com a ajuda das raízes das plantas, fazem a filtração.

O estudo foi feito como trabalho de doutorado, defendido na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Segundo Zanella, pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento, vinculado ao Centro Tecnológico do Ambiente Construído do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o dispositivo é indicado para o tratamento complementar ao esgoto doméstico, após esse ter passado por uma primeira etapa de purificação para remoção dos resíduos mais pesados.

Em testes realizados na Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, o engenheiro utilizou seis tanques de 2 mil litros cada. Os tanques receberam amostras de esgoto que já tinham passado por um primeiro tratamento na faculdade, sendo que em três recipientes foram adicionadas pedras brita nº 1 até a borda e, nos outros três, anéis de bambu.

"A eficiência média de remoção de sólidos em suspensão foi de cerca de 60% para os tanques com brita e de 33% para os tanques com bambu. Os valores médios de matéria orgânica foram de 22 miligramas por litro (mg/l), com 60% de eficiência de remoção, para os tanques de pedra brita, e de 36 mg/l, com 33% de eficiência de remoção, para os construídos com leito de bambu", disse Zanella à Agência Fapesp. O esgoto que saía da estação apresentava valor médio de matéria orgânica de 54 mg/l.

Os resultados médios obtidos para outro parâmetro de qualidade da água, demanda química de oxigênio (DQO), que mede indiretamente a carga de matéria orgânica contida na amostra, foram de 63,9% para os dispositivos com brita e plantas mistas e 55,8% sem o uso de plantas. No caso dos anéis de bambu, os índices foram de 29,7% e 20,4%, respectivamente.

Segundo o pesquisador, o sistema mantém o padrão estético dos jardins, diminuindo os níveis de rejeição da população para os dispositivos de tratamento de efluentes. Podem ser utilizadas diversas espécies de plantas, entre as quais copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), papiro (Cyperus papyrus) e biri (Canna edulis), que colaboram com o tratamento do esgoto ao mesmo tempo em que absorvem nutrientes como fósforo e nitrogênio para crescer com qualidade.

"A planta cresce em cima do esgoto, que serve como uma espécie de adubo natural para as espécies. O sistema lembra o processo de hidroponia acrescido da ação de microrganismos. Outra vantagem é que ele não necessita de nenhum tipo de produto químico ou eletricidade", disse Zanella.

Por ser considerado de baixo custo, o sistema é considerado ideal para pequenas propriedades. A água gerada pode ser utilizada para a irrigação de plantações e as plantas podem servir como uma fonte de renda extra pela exploração comercial das flores e fibras vegetais.

"Em uma população rural, por exemplo, seria possível plantar espécies ornamentais para venda. As fibras do caule do papiro, uma das plantas que melhor se adaptaram ao sistema, também podem ser usadas para artesanato na confecção de produtos como papel ou luminárias", disse.

Por Thiago Romero, da Agência Fapesp

Fonte: www.agencia.fapesp.br

Como fazer fácil

Sistema trata água sem utilizar produtos químicos
Agência USP
Reprodução Agência USP
Tanque com brita e areia, antes de receber os cultivos de plantas.

Tratar a água utilizada em residências sem produtos químicos, por meio de um reservatório com cultivo de plantas, é possível com uma técnica pesquisada na Escola Politécnica (Poli) da USP. O sistema, conhecido como “wetlands”, não utiliza energia elétrica e disponibiliza a água para reúso não potável, principalmente em irrigação. O método testado pelo ecólogo Rodrigo Cesar de Moraes Monteiro ainda é pouco conhecido no Brasil.

O efluente tratado pelo sistema, conhecido como “água cinza”, é originário de chuveiros, lavatórios e da lavagem de roupas. Á agua é conduzida por uma tubulação para um reservatório com material inerte. “Na pesquisa, utilizou-se brita e areia, mas também pode se usar garrafas pet amassadas ou cacos de telha, entre outros elementos”, conta Rodrigo. “O material vai servir de sustentação para os microrganismos e plantas que vão interagir com a água e realizar o tratamento”.

No reservatório, são cultivadas plantas do tipo macrófitas, conhecidas como “plantas de brejo”. “São espécies adaptadas à saturação de água nas raízes, pois conduzem oxigênio numa taxa maior para que elas não se deteriorem”, afirma o ecólogo. “Para aumentar a resistência e resilinência do sistema, são utilizados vários tipos de plantas, como o papiro, a sombrinha-chinesa, a taboa, o copo-de-leite, a cavalinha, a lágrima-de-maria, a pontedéria e o mini-papiro”.

Em contato com o material de enchimento e as raízes das plantas, os microorganismos existentes no efluente se desenvolvem. “A diversidade de bactérias associadas é grande, já que no reservatório existem ambientes anaeróbios, na brita e na areia, e aeróbios, junto às raízes”, diz o pesquisador. “Desse modo, é possível tratar a água e torná-la disponível para reúso não potável”.

Tratamento
A pesquisa mostra que o sistema é apto para o controle da eutrofização da água, atuando na remoção de nutrientes, especialmente fósforo, e de matéria orgânica. Os indicadores de contaminação fecal foram reduzidos em 90%. Todo o tratamento é realizado sem uso de energia elétrica ou de produtos químicos. “Se a captação do efluente acontecer em um local mais elevado que a unidade de tratamento, também não haverá necessidade de bombeamento”, acrescenta Rodrigo.

Reprodução Agência USP
Tubulação que conduz o efluente até o tanque
A água tratada pode ser empregada em irrigação, ou também para descarga em vasos sanitários. O sistema é indicado para qualquer local com área disponível, especialmente pequenas cidades e comunidades, além de condomínios e propriedades rurais. “Numa comunidade carente, por exemplo, além de tratar a água, seria possível comercializar plantas e flores cultivadas no tanque, e também usar as fibras vegetais para artesanato”, aponta o pesquisador.

A pesquisa é descrita na dissertação de mestrado em Engenharia Sanitária de Rodrigo, orientada pelo professor Ivanildo Hespanhol, da Poli. As experiências com o sistema foram realizadas no Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (Cirra), ligado à Poli e à Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (CTH).

De acordo com o ecólogo, os sistemas tipo “wetlands” são muito usados para o tratamento de efluentes na Europa e nos Estados Unidos. “No Brasil, porém, o método é pouco conhecido”, ressalta. “Entretanto, o potencial de uso no País é grande, devido a disponibilidade de espaços e ao clima adequado para a atividade dos microrganismos envolvidos no tratamento”.

Lagoas aeradas com plantas aquáticas

Lagoas aeradas com plantas aquáticas

Planta Aquática para Tratamento de água

Lagoas aeradas com Plantas Aquáticas são solução natural e tradicional para tratamento de diversos Efluentes industriais e esgoto doméstico.

As Lagoas de Plantas apresentam eficiência superior se comparadas a conhecidas técnicas como o filtro anaeróbio submerso, filtro aeróbio, filtro de areia, vala de infiltração e lodos ativados (NBR 13969/1997).

O sistema baseia-se na propriedade natural das plantas aquáticas desenvolverem microorganismos despoluidores em suas raízes limpando a água ao passar.

Por ser um processo aeróbio os coliformes fecais e outras bactérias de mesmo grupo são eliminadas e, ao mesmo tempo, pode-se processar a oxidação da amônia (NH4) transformando-a em nitrato (NO3), mais prontamente absorvido como nutriente por estas mesmas plantas. Da mesma forma, o fósforo, outra importante causa da proliferação de algas verdes (cianofíceas), é prontamente absorvido e retirado da água.


Tratamento de Água - Filtro biológico, ETE com Leitos Cultivados

O filtro biológico com leito cultivado pode ser usado também para tratamento de água produzida de efluentes industriais e de esgotos domésticos transformando-se numa estação de tratamento de efluentes – ETE de aplicação e soluções bem amplas no tratamento de água. O filtro é construído ao nível do solo, com diversas camadas de substratos específicos, de granulometrias variadas e com impermeabilização para evitar contaminação do lençol freático. Na superfície se plantam vegetais com capacidade de filtração biológica e de efeito visual agradável.

filtro biológico - ETE com Leitos Cultivados Plantas utilizadas: Papiro, Junco, Taboa, Copo de Leite, Banana d'Água, Jibóia, Lírio do Brejo, Biri etc..Vegetais como a alface, o agrião também podem ser usadas gerando uma atividade em desenvolvimento a aquaponia. Na aquaponia se usa os dejetos dos peixes como fonte de minerais para as plantas substituindo a adubação química normal. Tanto os peixes lucram com a limpeza da água como as plantas.